domingo, 30 de janeiro de 2011

História da Vodka


Existe uma grande discussão a respeito de a produção de vodka ter se iniciado ou não na Rússia.
No final da década de 1970 as empresas russas produtoras de vodka foram ameaçadas de não mais poderem utilizar o nome vodka em suas bebidas sob o pretexto de que este nome (vodka) seria de uso exclusivo de companhias estrangeiras, uma vez que já produziam esta bebida há mais tempo.
Esta alegação se baseava em um decreto do governo russo de 26 de agosto de 1923 autorizando a produção de vodka naquele país, enquanto os outros países já a produziriam desde 1918. Entretanto, aquele decreto assinalava tão somente a permissão para a retomada da produção de vodka na Rússia, proibida desde 1917, ano da Revolução Russa, quando foi mantida a decisão dos governos czaristas de proibição de produção de bebidas alcoólicas desde 1914, durante a Primeira Guerra Mundial.
Esta questão foi resolvida e as indústrias estrangeiras renunciaram ao título de inventoras da vodka.
Pouco tempo depois foi a vez da Polônia alegar a descoberta e o inicio de produção da vodka. Após a publicação dos estudos realizados pelo historiador russo William V. Pokhlióbkin em seu livro História da Vodka em 1991, parece ter sido reconhecida a condição da Rússia como inventora da vodka.
No entanto, sempre permanecerá uma dúvida sobre a prioridade de um lado ou outro em uma região como o leste europeu. Esta região foi motivo de muitas lutas, conquistas e reconquistas por diferentes grupos políticos e sociais. Isto praticamente impede a identificação de um grupo étnico em particular como inventor da primeira versão da vodka.
Entretanto, "vodka" é indubitavelmente uma palavra nativa russa, cujo surgimento data do século XIV. Como bebida, o nome vodka foi reconhecido internacionalmente como um tipo de destilado.
Quando se analisam a terminologia e a cronologia, se vê que o termo "vodka" foi aplicado a produtos completamente diferentes.
O sentido atual da palavra vodka como o de uma bebida alcoólica forte é conhecido amplamente. No entanto, seu real significado em russo é simplesmente água (vodá , em russo), na forma diminutiva vodka (agüinha). Vodotchka, a outra forma diminutiva de vodá também foi associada a uma bebida alcoólica, porém sem uso comercial.
Os primeiros registros do termo vodka aparecem em dicionários publicados no final do século XIX e início do século XX já com seu significado de bebida alcoólica forte.
Supõe-se que o motivo pelo qual uma bebida alcoólica forte tenha recebido o nome de vodka (agüinha) se deva à importância que os russos davam à água proveniente de suas fontes e rios cristalinos, como base para a produção de todas as bebidas. Daí também porque outras bebidas destiladas no leste europeu terem recebido o nome de "aqua vitae" (água da vida).
O termo vinó, utilizado nos séculos IX ao XIII para designar o vinho de uva, ganha novo significado a partir do século XIV, após o aparecimento de uma bebida forte com características embriagantes. Assim, se supõe que a vodka tenha aparecido antes que seu nome surgisse.
Nos séculos X e seguintes, além do vinho de uva, uma outra bebida chamada hidromel, produzida a partir da fermentação do mel, também se tornou importante. Era a principal bebida consumida pela população russa, de fácil produção e fartamente disponível.
Mais tarde, por volta do século XV, o mel, enquanto matéria-prima para a produção de bebidas, se tornou escasso. Assim, encontrou-se nos cereais a matéria-prima mais barata e disponível para a produção local de bebidas alcoólicas, principalmente alguns tipos de cerveja, chamados kvas, sikera, ol ou pivo.
Desta forma, pode-se afirmar que na Rússia, entre os séculos IX e XIV, havia cinco tipos de bebidas alcoólicas:

   1. o vinó - vinho de uva
   2. o hidromel - fermentação do mel
   3. a beriozovita - fermentação da bétula
   4. o kvas - cerveja comum
   5. o ol - cerveja forte
O kvas e o ol eram produzidos a partir da fermentação artificial de cereais - centeio, cevada e aveia.
Entre os séculos XV e XVI novas bebidas feitas a partir da destilação de cereais fermentados surgiram, todas recebendo nomes semelhantes aos das bebidas já conhecidas. Tratava-se portanto da primeira bebida de cereal obtida pela destilação do produto da fermentação de cereais ricos em açúcar e amido.
Os registros apontam o ano de 1386 como um provável marco na origem da palavra vodka quando se conheceu a "aqua vitae" trazida de Kafa, colônia genovesa na Criméia, por um embaixador genovês em visita à Lituânia. Como a bebida fosse forte, a sua diluição em água pode ter originado o termo vodka para tal mistura.  
   
   
    

As origens da vodka no Brasil

Poucas são as informações sobre as origens da vodka no Brasil. Sabe-se, entretanto, que a vodka foi trazida para o Brasil pela multinacional Seagram na década de 1960. A primeira marca a ser comercializada foi a Orloff.
No final da década de 1970, um imigrante russo chamado Victor começou a fabricar vodka no Brasil. A partir de informações obtidas com parentes e amigos seus envolvidos com a produção de vodka na Rússia, aperfeiçoou os métodos de filtragem (retificador) em tri-retificado, passando a fabricar um destilado de altíssimo padrão. Nascia a Vodka Sputnik, reconhecida internacionalmente por sua qualidade.
A partir desta época, várias destilarias nacionais incluíram a vodka na lista de seus produtos.
Hoje no Brasil, a vodka está ligada principalmente ao consumo de drinques e coquetéis, particularmente da caipirinha, originalmente preparada com a cachaça obtida da cana-de-açucar.  

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Gabriela Louise Padilha


Amarás e serás eternamente amada,
Nunca se esqueça de ser amável e sincera
E a felicidade estará sempre a teu lado...
Gritas ao universo os teus desejos e eles se realizarão,
O Amor é o maior de todos os sentimentos, nunca se esqueça disso, nunca deixe de perdoar quem te magoa. 
Ame sempre e acima de tudo, seus pais, faça deles o teu espelho. São eles o início e o despetar da tua vida. Com eles aprenda a andar sempre no caminho da justiça. Inigualável é o amor deles por ti.
Memorize cada momento feliz da tua vida, e esqueça os momentos de tristeza e dor nunca deixe de sonhar.
Tudo na vida é passageiro
O nosso amor por ti é eterno e nunca se acabará...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

“Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte II”



O primeiro vídeo do filme caiu na rede e nele algumas cenas inéditas aparecem com depoimentos dos atores e mais novidades sobre a história do última filme da saga de J.K. Rowling. A direção da segunda parte do filme é assinada por David Yates e ao contrário da primeira, chegará aos cinemas em 3D.

A primeira parte do filme acabou com o malvado Lord das Trevas abrindo o caixão de Alvo Dumbledore e lhe roubando a varinhas das varinhas (umas das relíquias da morte), a partir daí a segunda parte começa e muita coisa vai acontecer na grande batalha final.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meu Deus, me dê a coragem

Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar.


Clarice Lispector

domingo, 9 de janeiro de 2011

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...


Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...


Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...


Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...


Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...


Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!

De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.


Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!


Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!


Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.


Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.


Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...

Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!

De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...



Clarice Lispector