domingo, 3 de março de 2013

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sua amiga é pra sempre.

Algumas vezes na vida, você encontra uma amiga especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. Isso é uma amizade pra sempre. Quando você está pra baixo e o mundo parece escuro e vazio, sua amiga pra sempre te põe pra cima e faz com que o mundo escuro e vazio fique bem claro. Sua amiga pra sempre te ajuda nas horas difíceis, tristes e confusas. Se você se virar e começar a caminhar, sua amiga pra sempre te segue. Se você perder seu caminho, ela te guia e te põe no caminho certo. Sua amiga pra sempre segura sua mão e diz que vai ficar tudo bem. Sua amiga é pra sempre, e pra sempre não tem fim.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


A melhor versão de nós mesmos

perdi a palavra:

Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece? A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior. Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida? Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos? Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas? Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela? Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas? Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”? Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames. O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.

->Martha Medeiros.

‘tire esse cara da cabeça’.

Ainda não lançaram um manual de autoajuda que consiga eliminar nossa fossa. E dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: ‘tire esse cara da cabeça’. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?
Martha Medeiros

sábado, 16 de junho de 2012

16 de junho, Dia da Criança Africana homenageia mortos do Soweto.

Autor: Joana Teles
Sábado, 16 de junho de 2012.

Assinala-se hoje o Dia da Criança Africana, celebrado como homenagem às vítimas do massacre do Soweto, a 16 de junho de 1976, durante uma manifestação contra a falta de qualidade no ensino.

Hoje é o Dia da Criança Africana, efeméride que se assinala em memória das centenas de crianças negras do Soweto (na África do Sul) que, neste dia, em 1976, foram mortas numa manifestação onde reivindicavam o direito à qualidade do ensino e a aprender na sua língua materna.
Esse protesto transformou-se em massacre. Além de centenas de mortos, provocou milhares de feridos, sendo que nos dias posteriores ainda se registaram mais perdas humanas (cerca de 100), numa luta sangrenta que durou duas semanas.
Para homenagear essas vítimas e defender as crianças daquele continente, cujos direitos fundamentais não eram respeitados, nasce o Dia da Criança Africana, instituído em 1991 pela Organização da União Africana.
A origem desta data está numa reivindicação, mas a UNICEF faz um alerta à comunidade mundial, no sentido de que se perceba que as crianças são o eixo do desenvolvimento, a génese do futuro de África e de qualquer continente.
Apesar de todos os apelos, certo é que continuam a morrer à fome milhares de crianças, vítimas de pobreza extrema, em virtude de doenças provocadas pela subnutrição.
A 16 de junho, lembra-se ainda outro tipo de dramas que atingem as crianças, com a sida ou a violência sexual, sobretudo na África subsariana. Os conflitos armados, que obrigam famílias inteiras a abandonar o local de residência, suscitam, mais do que nunca, a preocupação dos países.
A Organização das Nações Unidas aprovou ‘Declaração dos Direitos da Criança’, que um ano depois do Dia da Criança Africana se tornou lei internacional.
Nasceram neste dia Giovanni Boccaccio, escritor e poeta italiano (1313), John Cleveland, poeta inglês (1613), Julius Schrader, pintor alemão (1815), Gustavo V, rei da Suécia (1858), Dante Milano, poeta brasileiro (1899), Faith Domergue, atriz norte-americana (1924) e Erich Segal, escritor norte-americano (1937).
Morreram neste dia John Churchill, militar britânico e primeiro Duque de Marlborough (1722), Marc Bloch, historiador francês (1844), Imre Nagy, político húngaro (1958), David Mourão-Ferreira, escritor e poeta português (1996) Corino de Andrade, humanista e neurologia português (2005).

domingo, 27 de maio de 2012

É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!