segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar 2011 83ª Edição


A festança do cinema foi fechada com a música “Somewhere Over the Rainbow”, cantada por várias crianças que tiveram a companhia dos vencedores do Oscar 2011 no palco.

Confira abaixo os vencedores do Oscar 2011 em cada categoria! Além disso, veja nas próximas páginas as fotos do tapete vermelho do evento!

Melhor direção de arte
"Alice no País das Maravilhas"
Melhor fotografia
"A Origem"
Melhor atriz coadjuvante
Melissa Leo – “O Vencedor”
Melhor curta-metragem de animação
"The Lost Thing", de Shaun Tan, Andrew Ruheman
Melhor longa-metragem de animação
"Toy Story 3"
Melhor roteiro adaptado
“A Rede Social”
Melhor roteiro original
“O Discurso do Rei”
Melhor filme de língua estrangeira
"In a Better World" (Dinamarca)
Melhor ator coadjuvante
Christian Bale, em “O Vencedor”
Melhor trilha sonora original
"A Rede Social" - Trent Reznor e Atticus Ross
Melhor mixagem de som
"A Origem"
Melhor edição de som
"A Origem"
Melhor maquiagem
"O Lobisomem"
Melhor figurino
"Alice no País das Maravilhas"
Melhor documentário em curta-metragem
"Strangers no More"
Melhor curta-metragem
"God of Love"
Melhor documentário (longa-metragem)
"Inside Job"
Melhores efeitos visuais
"A Origem"
Melhor edição
"A Rede Social"
Melhor canção original
"We Belong Together", de "Toy Story 3"
Melhor diretor
Tom Hooper, em “O Discurso do Rei”
Melhor atriz
Natalie Portman, em “Cisne Negro”
Melhor ator
Colin Firth, em “O Discurso do Rei”
Melhor filme
“O Discurso do Rei”

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lady Gaga Supreme Photoshoot


Lady Gaga Supreme Photoshoot from Terry Richardson on Vimeo.

Amigos




Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que
os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto de vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Paulo Sant'anna

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tolerância (Ana Carolina)

Como água no deserto
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo

O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento

Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente

Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois

Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar

Que eu te completo
E que você vai me bastar

Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar

Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero

Se pareço ainda estranho
Se não sou do seu rebanho
E ainda assim
Te quero

É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo

E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar

Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar

Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei

Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar

Tolerância para o amor (Martha Medeiros)


Quando Fidel Castro mandou fuzilar os homens que tentaram fugir de Cuba numa embarcação clandestina, meses atrás, o mundo se revoltou. Até mesmo aqueles que eram simpatizantes da política do ditador se manifestaram contra. O escritor José Saramago foi quem melhor soube sintetizar seu sentimento: “Cheguei até aqui”. Com esta simples frase, ele demonstrou qual era seu limite de tolerância. Não iria adiante com Fidel. 

 Todos nós temos um limite de tolerância em relação a tudo. Mas nas questões amorosas este limite tende a se esticar em função das nossas carências, das nossas fantasias, da nossa esperança de que, da próxima vez, as coisas irão dar certo. Mas não dão. E não dão de novo. Até onde você pode chegar? Você teve uma relação terminada, sofreu muito, mas até hoje o cara segue seduzindo você. Você não dá a mínima, até que um dia cede, mas aí ele é que não corresponde. Você volta a ficar na sua, ele volta a seduzí-la, você resiste, resiste, resiste, até que um dia você cede de novo, marca um encontro, e ele cancela. 

E assim passam-se meses, anos, numa situação absurda: ele atrás de você, e quando você diz sim, ele cai fora. Se você não consegue dar um basta nisso, é porque você ainda tem tolerância pra gastar. Ela lhe telefona e você larga tudo para vê-la, mas no dia seguinte ela volta pro namorado. O sexo é ótimo entre vocês, mas quando não estão na cama, vocês não conseguem trocar meia-dúzia de frases sem brigar. Vocês adoram os mesmos filmes, os mesmos programas, são apaixonados um pelo outro, mas sexualmente há uma falta de atração total. Você se sente infeliz, mas não tem coragem de começar vida nova. Você se arrependeu de deixá-la, mas seu orgulho impede de pedir pra voltar.

Até onde podemos ir? Até o limite do suportável. Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste. Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo: “ cheguei até aqui”. E, então, a vida muda.